Arrancar os sisos aos 38 anos. Estão crescendo de maneira
desordenada. As raízes perfuraram minha gengiva pelo lado interior e,
toda vez que falo, navalham as laterais da minha língua. Sexo oral?
Necas! Do tempo mais corriqueiro, também arranco umas sentenças que me
crescem na cabeça de maneira desestruturada, as afino, para que assonem,
sirvam ao exercício, ao estímulo. No entanto, quanto mais as trabalho
mais me firo, e acho bom. Jamais direi que aprendi isso com o V, o
português, do qual leio o blogue. É um tipo daqueles, daqueles! Gostaria
de chamá-lo para um café, talvez. Parece-me que ele já não tem sisos há
muito tempo. Mas café não posso tomar mais, por causa da verde e
branca, que seja um chá, então! Que seja. Às vezes me pego a mimetizar o
português de Portugal, não o escritor já dito, mas o dialeto, nem mesmo
o dialeto, mas a linguagem. Claro que isso se trata da cabal evidência
de uma predileção ao movimento ismista, fundado por Clara Heilige. É
também pelo consumo excessivo da literatura de lá, mas não direi, não
sou de me gabar das vezes que li os Lusíadas. Entendi? Bem, são outros
quinhentos... Como ismista convicto, eu tenho o dever de dissecar os
padrões linguísticos e admiti-los para subverte-los. Essa frase ficou ó,
uma...
Quanto mais se escreve, mais se tem a dizer, menos se
tem para contar. Ando pensando seriamente, seriamente em ter um blog
secundário. Em pleno 2025, Machado!? Não basta um? Não! Cale-se, obsessor! Nessoutro poria esses textos aqui que já estão e também os que
hão de vir. Bem, já me estendi nesse assunto. Estou no aguardo da
"panorâmica craniana", fui exortado a tirar o meu cordão de São Jorge e
os novos fones Haylou. Viva a China! Viva o comunismo freestyle! Pro
inferno esses sisos fudecos de Dante!...
4 comentários:
Ah eu gostei muito do novo! Eu gosto dessa ideia! E os textos tão fazendo juz: cor letra música dança. Davi, me empresta o cordão de São Jorge? Tô precisando!
Poxa, é muito difícil eu me separar dele. Mas empresto sim!
Só tirei um siso. Correu tudo bem?
Sim, tô zerado.
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