Nunca quis ser outro. Estava satisfeito e completamente ciente de que estava vivo. É provável que existisse qualquer reclamação pelo trânsito, o rumo da esquerda. Totalmente aceitável que também se desagradava de um ou outro livro. Mas ser outro? Não definitivamente.
Nunca foi o mesmo. Está em constante estado de aluno e por raros instantes é possuído de luz e transborda, veja que o faz conscientemente. Vez em quando tromba em si. Olha-se ao avesso envaidecido. Oferece um trago. Já não se sabe qual é qual. Escrevem o mesmo livro e assinam o mesmo nome.
Nesse papo a dois nos pegamos pensando. Que será que se passa na cabeça de uma Musa? Você nos entende? Você mesmo que nos lê! Deve ser uma barra ser descrita por um poeta, não esses aí que não sofrem, mas um autêntico dramático, doente, apaixonado, neurótico e bom cozinheiro.

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